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Economia
Pequenos negócios geraram mais de 70% dos empregos formais em agosto
Do saldo de 278,6 mil novas contratações, 199,6 mil vagas foram criadas pelas micro e pequenas empresas
04/10/2022
Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo

O Brasil apresentou, no último mês de agosto, o terceiro maior volume de empregos formais gerados em 2022. O saldo de 278,6 mil novas contratações só ficou atrás do montante alcançado em fevereiro (341,6 mil) e praticamente empatou com o contingente que foi empregado em junho (280,8 mil).

Esse resultado foi fortemente influenciado pelos empregos gerados pelas micro e pequenas empresas, que tiveram o segundo melhor desempenho do ano, com 199,6 mil vagas.

O quantitativo ficou atrás apenas dos 227,6 mil postos gerados em fevereiro. Novamente, as MPE responderam por mais de 70% do total de empregos criados no país.

No acumulado do ano, o Brasil já supera a marca de 1,8 milhão de empregos gerados, sendo as micro e pequenas empresas responsáveis por 1,3 milhão (71,7%). Por sua vez, as médias e grandes criaram 400 mil (21,5%) postos de trabalho.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Meles, esses números estão em conformidade com a queda da taxa de desocupação calculada pelo IBGE. “Em janeiro, a taxa de desemprego no Brasil era de 11,2%. Em agosto, ela caiu para 8,9%, o que representa uma considerável redução de 2,3 pontos percentuais”, comenta.

Após três meses com todos os setores, em ambos os portes (MPE e MGE), apresentando saldos de contratações positivos, em agosto, os setores da Construção (-466), Comércio (-146) e Indústria Extrativa Mineral (-10) das médias e grandes empresas demitiram mais do que contrataram.

O setor de Serviços das micro e pequenas empresas continua sendo o grande gerador de empregos, com 96,2 mil contratações (35% do total).

Ainda entre as MPE, à semelhança do que ocorreu nos últimos quatro meses, os setores de Comércio e Construção Civil ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, na criação de postos de trabalho.