O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou nesta quarta-feira, 16/11, o valor de R$ 2,5 trilhões. O montante é uma estimativa dos tributos arrecadados pela União, Estados e Municípios, do início do ano até agora.
Neste ano, a marca foi alcançada com 40 dias de antecedência na comparação com 2021, quando o mesmo montante foi atingido apenas no dia 20 de dezembro.
Segundo Marcel Solimeo, economista da ACSP, além da retomada da economia, o que explica a arrecadação acelerada são os efeitos da inflação, uma vez que os tributos indiretos, tais como ICMS, incidem sobre o preço final.
“Além da carga tributária da ordem de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), muito elevada para um país emergente como o nosso, os contribuintes têm ainda um alto custo para pagar os tributos, e ficam sujeitos a multas devido à complexidade da tributação. Precisamos ficar atentos para que o novo governo, a pretexto de simplificação, não acabe por aumentar a carga tributária”, comenta Solimeo.
Ainda segundo o economista, houve um crescimento da ordem de 11% na arrecadação total. Ele avalia que a arrecadação seria maior se não tivesse ocorrido, nos últimos meses, a redução das alíquotas dos tributos sobre energia, telecomunicações e combustíveis, que têm peso relevante na receita dos Estados.
O painel físico do Impostômetro está localizado na Rua Boa Vista, 51, Centro Histórico de São Paulo – anexo ao edifício sede da ACSP.