A reforma tributária tem sido “capturada” por grupos de interesse – e essa ação tem desfigurado o novo modelo de cobrança de impostos do Brasil. A avaliação é do economista e ex-presidente do Insper, Marcos Lisboa, ao CNN Entrevistas.
Agora, o problema é que nesse processo [de tramitação da reforma] a captura foi grande. Os lobbys entram e fazem umas contas estapafúrdias”, disse o ex-secretário de Política Econômica do ministério da Fazenda no governo Lula entre 2003 e 2005.
Ao CNN Entrevistas, Lisboa criticou a maneira com que o tema tem sido tratado em Brasília, especialmente com a criação de várias exceções.
“Acho inaceitável que a minha categoria, a dos economistas, esteja em um regime simplificado. Não tem nenhuma justificativa moral isso.”
Pelo desenho da reforma tributária, vários profissionais – como economistas, advogados, engenheiros, médicos e até personal trainer – tenham um regime diferenciado, com menor alíquota de imposto.
“Essa questão dos grupos de pressão me preocupa muito”, disse, ao sugerir que o processo de discussão da reforma deveria ser mais transparente.
Ao criticar reuniões fechadas entre legisladores e grupos de interesse, o economista sugere o tema só poderia ser debatido em audiências públicas.
“Devia ser uma norma entre o poder público e o setor privado. Agora, reunião só com audiência pública com ata e registrada”.
Risco da reforma tributária é captura por grupos de pressão, diz Marcos Lisboa
A reforma tributária tem sido “capturada” por grupos de interesse – e essa ação tem desfigurado o novo modelo de cobrança de impostos do Brasil. A avaliação é do economista e ex-presidente do Insper, Marcos Lisboa, ao CNN Entrevistas (assista à íntegra acima).
“Agora, o problema é que nesse processo [de tramitação da reforma] a captura foi grande. Os lobbys entram e fazem umas contas estapafúrdias”, disse o ex-secretário de Política Econômica do ministério da Fazenda no governo Lula entre 2003 e 2005.
Ao CNN Entrevistas, Lisboa criticou a maneira com que o tema tem sido tratado em Brasília, especialmente com a criação de várias exceções.
“Acho inaceitável que a minha categoria, a dos economistas, esteja em um regime simplificado. Não tem nenhuma justificativa moral isso.”
Pelo desenho da reforma tributária, vários profissionais – como economistas, advogados, engenheiros, médicos e até personal trainer – tenham um regime diferenciado, com menor alíquota de imposto.
“Essa questão dos grupos de pressão me preocupa muito”, disse, ao sugerir que o processo de discussão da reforma deveria ser mais transparente.
Ao criticar reuniões fechadas entre legisladores e grupos de interesse, o economista sugere o tema só poderia ser debatido em audiências públicas.
“Devia ser uma norma entre o poder público e o setor privado. Agora, reunião só com audiência pública com ata e registrada”.