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Economia
Mercado eleva expectativa da inflação para 4,2% em 2024
Pela quarta semana seguida, boletim Focus trouxe previsão de crescimento da inflação. Acumulado dos últimos 12 meses atinge o teto da meta
13/08/2024
O Estado de Minas

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (12/8) uma nova rodada da pesquisa Focus com as expectativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia brasileira apontando para um crescimento da inflação em 2024 na casa dos 4,2%. O relatório mostra uma variação positiva no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,08% em relação à pesquisa da última semana.

Esta é a quarta semana seguida que a pesquisa apresenta uma expectativa de crescimento da inflação no ano. A meta estabelecida pelo Ministério da Fazenda é de 3% com uma tolerância de 1,5 ponto percentual de limite para mais ou para menos.

Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA) divulgou os dados oficiais da inflação em julho, mostrando um crescimento de 0,38%. No acumulado do ano, o índice de preços já chega a 2,87%.

Em meio ao cenário de alta na inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu a queda da taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em 10,5%. O Copom ainda indicou que pode voltar a aumentar os juros, ressaltando que não “hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta”.

“O cenário marcado por projeções mais elevadas e mais riscos para a alta da inflação é desafiador, e o comitê avalia que o desenrolar do cenário será particularmente importante para definir os próximos passos de política monetária. Desse modo, o comitê, unanimemente, avalia que o momento corrente é de ainda maior cautela e de acompanhamento diligente dos condicionantes da inflação, sem se comprometer com estratégias futuras”, avaliou o Copom sobre a política monetária.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu o limite da meta com um índice de 4,5%, segundo o IBGE. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o momento é de calma.

“O BC tem falado a respeito: o dólar teve uma queda significativa nos últimos dias. E a gente espera que esses números [da inflação] convirjam para patamares inferiores, mas nós esperávamos, em função do que está acontecendo no mundo, que houvesse alguma mexida na inflação nesse ano”, disse o petista.