O Brasil abriu 240.033 vagas de emprego formal em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado é o melhor para o mês da série histórica da nova metodologia, iniciada em 2020.
No entanto, o número representa uma segunda desaceleração consecutiva no ano. O valor registrado em abril é 1,9% menor em relação ao mês anterior. Em março, o saldo de vagas abertas foi de 244.315, enquanto em fevereiro o número foi de 306.111. A queda também pode indicar um sinal de alerta para o Banco Central em relação ao ritmo de cortes da taxa básica de juros brasileira, a Selic.
O saldo de abril considera 2,26 milhões admissões e 2,02 milhões de desligamentos no mês.
De acordo com o MTE, em 12 meses o saldo é de 1.701.950 empregos, decorrente de 24,1 milhões admissões e de 22,4 milhões de desligamentos até março de 2024. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano o saldo foi de 958.425 empregos, resultado de 8,9 milhões de admissões contra 7,9 milhões de desligamentos.
A pasta pontuou que o estoque, que é a quantidade total de vínculos ativos, em abril de 2024 cresceu 0,52% em relação ao estoque do mês anterior e contabilizou 46.475.700 vínculos.
Segundo os dados, o salário médio de admissão em em abril foi de R$ 2.126,16. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 36,96, o que representa variação positiva em torno de 1,77%.
No mês, os cinco grandes grupamentos de atividades registraram saldos positivos, com destaque maior para os postos em serviços, que registrou 138.309 admissões em abril. Na sequência vem a Indústria (+35.990 postos), principalmente na Indústria de Transformação (+31.675 postos); Construção (+31.893 postos); Comércio (+27.272 postos) e a Agropecuária (+6.576 postos).
Dos postos de trabalho gerados, cerca de 200.045 podem ser considerados típicos e 39.988 não típicos. São considerados os trabalhadores incluídos nesta categoria aprendizes, com até 30 horas contratuais, temporários, Cadastro de Atividade Econômica da Pessoas Física (CAEPF) e intermitentes.
Caged x Pnad
A metodologia utilizada para o cálculo do Caged considera apenas os trabalhadores com carteira assinada e não inclui os informais.
Os dados do Caged são informados por empresas do setor privado, enquanto a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é feita por meio de uma pesquisa domiciliar, na qual também é contabilizada os trabalhadores informais.
Assim, não é possível comparar os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego com os números de emprego que constam na Pnad.