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Finanças Públicas
Diretora do IFI: Carga tributária no Brasil é muito elevada e não pode aumentar mais
Vilma da Conceição Pinto defende que impostos não devem aumentar e sugere foco na revisão dos gastos públicos para equilibrar as contas
03/09/2024
CNN Brasil

À CNN, a diretora da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Vilma da Conceição Pinto, afirmou que a carga tributária no Brasil já atingiu níveis elevados, impossibilitando novos aumentos.

Vilma destacou que o cenário atual é “um pouco complicado”, com as prioridades orçamentárias direcionadas principalmente para o aumento de gastos. Embora haja tentativas de controle, ela destacou que a pauta não tem avançado significativamente.

Resistências e desafios

A diretora apontou a existência de resistências a diversos ajustes, seja na redução de gastos ou na busca por maior eficiência e qualidade do gasto público.

Por outro lado, observa-se uma predisposição para aumentar despesas ou revisá-las para cima.

Em relação às receitas, Vilma ressaltou a dificuldade em gerar novos recursos, dado que “a carga tributária no Brasil já é muito elevada, então não é tolerável aumentar ainda mais essa taxa”.

Ela citou como exemplo o debate da reforma tributária sobre o consumo, que estabeleceu um limite na alíquota de referência para evitar o aumento da carga tributária geral.

Perspectivas e incertezas

Apesar dos desafios, a diretora do IFI não descartou a possibilidade de surpresas positivas em termos de arrecadação, especialmente em relação às transações tributárias.

No entanto, ela alertou para os riscos envolvidos, como despesas condicionadas e receitas dependentes de aprovação legislativa.

Vilma enfatizou que qualquer desvio nesse “quebra-cabeça fiscal” aumenta o risco de o governo precisar realizar contingenciamentos, bloqueios orçamentários ou revisar premissas importantes, como as relacionadas à Previdência e às projeções macroeconômicas.

A análise da diretora do IFI ressalta a necessidade de uma abordagem cautelosa e equilibrada na gestão das contas públicas, priorizando a revisão de gastos em vez de buscar aumentar ainda mais a já elevada carga tributária brasileira.