Em 2022, as fontes de energia renovável – usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa – foram responsáveis por 92% da eletricidade produzida pelo país, maior crescimento dos últimos 10 anos, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Destaque para a geração solar, que teve o impressionante aumento de 64,3% em comparação com o ano anterior. Foram 88 novas fazendas solares adicionadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), fazendo com que a energia solar alcance 4% na matriz energética nacional. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil já ultrapassou a marca de 1 milhão de consumidores de energia solar.
Geração Distribuída supera segunda maior usina hidrelétrica do mundo
Quem vem no embalo do ótimo desempenho da matriz energética limpa é a Geração Distribuída, que cresceu nada menos que 66,7% no último ano. Para se ter um ideia, de acordo com levantamento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e informações do Ministério de Minas e Energia (MME), a chamada GD superou a usina hidrelétrica de Itaipu, que é a segunda maior hidrelétrica do mundo. A proporção foi de 2,5% para 4,1% na participação da fonte solar fotovoltaica na oferta interna de energia elétrica.
A Geração Distribuída é uma das principais soluções que utilizam a energia solar. “O que as pessoas não sabem é que estão livres para escolher o seu prestador de serviços e a energia que usam, mais ou menos como ocorre com o serviço de telefonia. Um modelo previsto pela Lei 14.300/22, que normatiza a instalação e autoconsumo de energia solar”, Gustavo Grebler, diz o CEO da Woltz, uma das principais empresas de Geração Distribuída de Minas Gerais.
Gustavo ressalta que qualquer pessoa, seja em uma residência, condomínio ou empresa, pode receber a energia com absolutamente o mesmo grau de segurança, mas com maior qualidade e menor preço. “Na Woltz, ele já inicia pagando 20% menos e o desconto pode se elevar em certos casos”, destaca.
Energia sustentável
A energia renovável é obtida a partir de recursos que não se esgotam com o consumo. O que a torna mais atrativa é seu viés sustentável, graças à pequena emissão de CO² em relação às matrizes convencionais, como petróleo e gás natural.
Enquanto estas despejam altos volumes na atmosfera, tanto nos processo de fabricação quanto de geração da energia, as energias renováveis produzem montantes próximos a zero no processo de geração.
Como, por exemplo, a energia solar, que é o grande destaque no Brasil e ocupa a 2ª posição. Ela é captada pela incidência da luz do sol em painéis solares fotovoltaicos, que produzem energia quando a luz solar passa por seu material semicondutor.
As energias renováveis continuarão batendo recordes. Impulsionados pelo apetite dos investidores privados, pelo boom da utilização da energia solar, pela questão ambiental e, claro, pela economia no bolso.