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Impostômetro: brasileiro já pagou R$ 2 tri em tributos no ano
A arrecadação está acelerando. No ano passado, igual montante entrou nos cofres dos governos federal, estaduais e municipais 40 dias mais tarde. ACSP diz que o aquecimento da atividade econômica e a inflação explicam a maior velocidade da arrecadação
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Diário do Comércio da ACSP

O Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista, atingiu no domingo (21), às 8h20, a marca de R$ 2 trilhões em impostos. Esse é o valor pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

No mesmo período do ano passado, o Impostômetro havia alcançado a marca de R$ 1,7 trilhão, indicando um crescimento de 17,6% este ano. Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o montante, registrado 40 dias mais cedo, foi impulsionado pelo aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS e COFINS nos combustíveis.

“Nós temos um sistema tributário que taxa excessivamente o consumo, assim, à medida que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. Além disso, a elevação da atividade econômica tem um impacto positivo na arrecadação. Se esses dois fatores continuarem ocorrendo, que é o mais provável, vamos continuar a ver essa antecipação dos resultados”, diz Ruiz de Gamboa.

De acordo com dados da ACSP, o Impostômetro, que começou a funcionar em 2005, atingiu pela primeira vez a marca de R$ 2 trilhões em impostos em 9 de dezembro de 2015. Em julho daquele ano, o Impostômetro registrava R$ 1,1 trilhão em impostos pagos pelos brasileiros. Ou seja, um crescimento acumulado de 82%, se a comparação for feita com os dados de nove anos atrás.

“Nossa carga tributária é comparável a da Grã-Bretanha, embora nossa renda por habitante seja significativamente inferior. Portanto, pagamos uma carga tributária desproporcional ao nosso nível de desenvolvimento econômico, o que acaba por sufocar o potencial de expansão da economia”, Ruiz de Gamboa.

João Eloi Olenike, presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), lembra que recentes elevações nas alíquotas do ICMS em diversos Estados, a atualização do IPTU e o aumento do IPVA em várias unidades da federação contribuíram para manter a carga tributária elevada.

O painel físico do Impostômetro está situado na Rua Boa Vista, 51, no centro Histórico de São Paulo, na fachada do edifício-sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Os dados sobre os impostos arrecadados nas esferas federal, estadual e municipal podem ser acompanhados em tempo real também pelo site impostometro.com.br.