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Novo Censo começa e terá dados divulgados ainda em 2022
28/09/2022022
Agência IBGE

Maria Carolinie Cardoso

 

A pesquisa do IBGE é um importante instrumento para retratar a realidade do País e o recenseamento, feito nesse ano, deve gerar novas demandas tanto para o setor privado quanto para orientar políticas públicas

O novo Censo, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que levanta informações sobre a população do país e sua condição de vida, começou no último mês de agosto e está ganhando destaque na mídia nas últimas semanas, devido a sua grande importância no contexto do planejamento.

O último recenseamento realizado pelo IBGE aconteceu em 2010, com previsão de atualização, ou nova pesquisa, 10 anos depois. Em 2020, a pesquisa foi cancelada em função da pandemia. No ano seguinte, foi novamente suspensa por falta de recursos, já que o Orçamento de 2021 não previa verbas para sua realização, sendo transferido para 2022. Assim, os recenseadores iniciaram a coleta de dados da atual edição do Censo Demográfico no dia 1º de agosto.

Segundo o primeiro balanço do Instituto, divulgado no último dia 30 de agosto pela Agência IBGE*, o Censo Brasileiro já contou quase 60 milhões de pessoas no País. O órgão, porém, ainda enfrenta dificuldades de contratar os recenseadores para completar o trabalho de campo até outubro. Atualmente estão em campo 144.634 recenseadores, 78,8% do total de vagas disponíveis. Ainda de acordo com o Instituto, existem mais dificuldades de preencher as vagas nos estados onde a taxa de desemprego é mais baixa.

Mudanças

O Brasil é um país de proporções continentais que abarca realidades muito distintas. Além disso, a realização desse novo Censo, depois do período adequado para tal, será um indicador muito relevante: o mundo e o Brasil mudaram, e o comportamento e a vida das pessoas também mudaram drasticamente.

De 2010 para cá vivemos sucessivas crises políticas e econômicas, o acesso a tecnologia e a internet está  cada vez mais democratizado, sem mencionar que passamos uma pandemia que trouxe implicações positivas e negativas em muitas frentes (econômica, saúde, padrões de consumo), inclusive, aqui no blog, trouxemos diversos textos abordando essas mudanças no padrão de consumo no mercado imobiliário e em outros segmentos.

Dessa forma, a realização do novo Censo vem em um momento importante e muito necessário para que possamos ter um norteador para entender com mais profundidade em que momento o nosso País está e quais são as medidas cabíveis a serem tomadas para ampliar o seu desenvolvimento.

Novas demandas

O censo é uma ferramenta que além de nos permitir entender dados gerais sobre a população, nos orienta acerca de tomadas de decisões relativas às políticas públicas no âmbito da saúde, educação, planejamento, manejo/mitigação das desigualdades sociais, entre outros.

Entretanto, em uma conjuntura que se fala cada vez mais em Dataismo -utilização de dados estatísticos como base para todo tipo de escolha e tomada de decisão, com o objetivo de alcançar praticidade, exatidão e economia de tempo e recursos – temos contraditoriamente mais fácil acesso aos dados e cada vez mais dificuldade em compreendê-los. Nesse sentido, os dados trazem consigo seus ruídos e saber interpretá-los é fundamental.  Para eliminar esses ruídos mais do que saber como usá-los, deve-se saber o momento apropriado para ancorar essa tomada de decisão.

Além da questão das políticas públicas, os novos dados, se bem interpretados, ou utilizados como base para outras investigações, auxiliarão a mapear novas demandas baseadas nas necessidades e desejos da população, o que inclui novos produtos imobiliários por exemplo, trazendo oportunidades para os investidores do setor. No entanto, como já citamos, mesmo com a grande disponibilidade de dados é preciso interpretá-los de forma eficiente, o que inclui escalas locais, municipais, regionais, nacionais, além de pensamento estratégico para a concepção de um produto imobiliário, uma vez que cada local ou região tem uma dinâmica, uma lógica.

Urban Systems tem experiência nesse pensar estratégico para planejar as cidades, incorporando dados e indicadores para respaldar essa tomada de decisões – sejam dados sociodemográficos, econômicos ou imobiliários. Importante mencionar, aqui, que esse ‘know how’ se edifica em diversas esferas para delinear um produto imobiliário que melhor se adeque ao contexto urbano trabalhado. Isso porque o pensar a cidade é complexo e envolve uma gama imensa de agentes. Somado a isso, o processo de desenvolvimento imobiliário em si é, também, uma complexidade a parte.

Conte com a Urban Systems para o desenvolvimento do seu projeto!