O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 1,4% no segundo trimestre de 2024 ante o primeiro trimestre, informou nesta terça-feira, 3/9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 3,3%. Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre de 2024 totalizou R$ 2,888 trilhões.
O avanço do PIB foi o maior desde o quarto trimestre de 2020, quando a atividade cresceu ao ritmo de 3,7%, disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. Mas, apesar do crescimento, o patamar do PIB ainda ficou 5,4% abaixo do pico da série, verificado no 3º trimestre de 2013.
O resultado poderia ser melhor, segundo Rebeca, mas o setor agrícola ficou abaixo do que foi visto em 2023, quando a atividade registrou protagonismo na produção do país. “Não está sendo um ano muito bom [para o agro]”, disse, mencionando os problemas climáticos do fim do ano passado, que prejudicaram as safras de verão de soja e milho. “O comportamento da agropecuária no segundo trimestre de 2024 incorpora efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul.”
Já o setor industrial teve destaque positivo, com o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2022. “A indústria representa 25,5% do PIB e, junto com serviços, impulsionou o PIB no segundo trimestre”, disse a técnica.
Setores – O PIB da indústria registrou alta de 1,8% no segundo trimestre de 2024 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB do setor apresentou avanço de 3,9%.
Quanto ao PIB do setor de serviços, houve alta de 1,0% no segundo trimestre de 2024 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB de serviços cresceu 3,5%. Já
o PIB da agropecuária registrou baixa de 2,3% na comparação com os três meses anteriores e queda de 2,9% na variação interanual.
Consumo das famílias – O consumo das famílias registrou alta de 1,3% no segundo trimestre de 2024 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, avanço de 4,9%. O bom desempenho é resultado da alta do emprego e da massa salarial, disse Rebeca.
O consumo foi favorecida pelos programas de transferência de renda, pela alta de 11% no crédito e pelos juros menores, disse. De acordo com a especialista, o PIB e o PIB de serviços estão no maior patamar da série histórica.
Revisões – O IBGE revisou o Produto Interno Bruto do primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023, que passou de 0,8% para 1%.
O instituto revisou ainda o PIB do quarto trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2023 de -0,1% para 0,2%.
O órgão também revisou a taxa do PIB do segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre de 2023, de 0,9% para 0,7%. Os dados foram divulgados pelo IBGE, que anunciou nesta terça os resultados das Contas Nacionais Trimestrais.