Caio Sartori
A Prefeitura do Rio Leiloa nesta quarta-feira (2), na B3, a PPP do Hospital Souza Aguiar, unidade com 115 anos de história e que tem a maior emergência médica da América Latina. Os serviços assistenciais seguem sob controle do SUS, mas cerca de 180 contratos de atividades-meio vão ser unificados pela empresa vencedora, que terá o compromisso de investir R$ 850 milhões ao longo de 30 anos de gestão – sendo a maior parte nos três primeiros. Esse modelo de administração hospitalar é considerado tendência por especialistas que monitoram o mercado.
No leilão, um consórcio de empresas deve fazer a proposta de quanto quer receber anualmente do poder público como contrapartida pelos investimentos previstos. Foi estabelecido um teto de R$ 197 milhões por ano.
“Só nos primeiros três anos, estimamos R$ 500 milhões em investimentos pelo consórcio: R$ 400 milhões em obras e o restante em renovação de equipamentos”, diz o diretor de projetos da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Lucas Costa.
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Na avaliação de François Bremaeker, gestor do Observatório de Informações Municipais, o formato de PPP tocado por Estados e municípios é mesmo um fenômeno que deve ser mais recorrente: “ O excesso de encargos que os municípios têm suportado e o aumento das despesas em Saúde e Educação, que comprometem metade dos seus recursos, têm levado ao aumento das PPPs, como forma de ‘privatizar” serviços”, avalia. “É um procedimento que tende a crescer”.
Fonte? Valor Econômico
2 de agosto de 2023 – pág. A6